terça-feira, 17 de março de 2015

Barcelona - Roteiro 5 dias

Foi em Julho de 2014 que decidi por um roteiro novo, com praias, calor e muita beleza, então este roteiro se deu início em Barcelona, a passagem via Ryanair custou 70 euros para ir (alta temporada aqui na Europa). O aeroporto de Barcelona é enorme, mas para sair dele é fácil. E tem ônibus que vai para o centro de Barcelona.

Caso você chegue à cidade pelo aeroporto internacional nos terminais 1 ou 2, o serviço expresso será sua melhor pedida: o Aerobús sai a cada cinco minutos por apenas € 5,90 o trajeto único e € 10,20 o trajeto completo. Você paga direto ao motorista na hora de subir.



Fiquei no hostel: Hola Hostel Eixample, tudo bem limpinho, fiquei em um quarto mix com 3 pessoas no total, contando comigo. O hostel é central e próximo à Basílica Sagrada Família.

Fiz muitas coisas apé, a cidade é servida por diversas linhas de metrô, e você pode comprar a bilhete diário que fica mais barato, o preço unitário é 2,15 €, e diário para a zona 1 custa 7,60 €.



Barcelona tem muitas atrações pagas, achei uma cidade cara, pois comparada com outras cidades da Espanha é cara, mas aproveitei ao máximo, sem me privar de nada.




O que fazer na cidade?

Ramblas

Este é o centro da cidade e qualquer roteiro de Barcelona o deve incluir várias vezes ao longo da sua estadia. A palavra Rambla deriva do árabe raml, que significa leito de rio. Hoje em dia, já não correm rios no meio de  Barcelona, mas é nas Ramblas que o maior fluxo de pessoas, locais ou turistas, se encontra. Aliás, visitar Barcelona é quase sinónimo de ramblejar, termo que significa “andar para cima e para baixo nas Ramblas”.
Comece o seu passeio nas Ramblas de Barcelona a partir da Praça da Catalunha, para depois ir descendo até ao Mar Mediterrâneo. Até lá chegar vai encontrar muita animação como pessoas a conversar, comprar flores, a beber um copo, estátuas humanas extremamente detalhadas e outros artistas de rua. Embora as Ramblas sejam uma única avenida de Barcelona, esta é, na verdade, composta por várias partes, onde vai encontrar cenários diferentes no seu percurso para sul.

•             Rambla de Canaletes – Os velhotes juntam-se aqui para falar de futebol e política. Nas bancas vende-se jornais e revistas.

•             Rambla dels Estudis – Também conhecida como Rambla dels Ocells (pássaros) por causa das bancas de venda de animais, é nesta zona que há acesso à Església de Betlem, à Catedral de Barcelona e ao fabuloso Barri Gòtic (Bairro Gótico).

•             Rambla de Sant Josep – As bancas de flores dão-lhe o segundo nome por que é conhecida (Rambla de les Flors), o que dá um colorido especial a esta parte de Barcelona. No Palau de la Virreina (nº 99) fica o Centro de Informação a Turistas de Barcelona, onde pode recolher folhetos e boas dicas para ajudar a complementar este Guia Roteiro Barcelona ou comprar bilhetes para eventos culturais e artísticos. Um pouco mais abaixo, à direita, está o Mercat de la Boqueria, um mercado cheio de vida e cor. Se não quiser perder muito tempo, coma uma das refeições já preparadas e uma peça de fruta ou doce com delicioso aspecto. O Mercado da Boqueria está aberto todos os dias entre as 6 e as 21h, mas encerra ao domingo. Por si só já é um espetáculo e um lugar para tirar espantosas fotos em Barcelona.  Tire também umas fotografias à fachada da Casa Bruno Quadros (nº 82), uma antiga loja de guarda-chuvas.

•             Rambla dels Caputxins – Ao caminhar por esta Rambla vai estar a pisar uma obra de arte de Joan Miró, o Mosaic. Os músicos de rua e estátuas humanas param nesta zona em busca da sua moeda. Escolha o seu preferido e contribua para o bom ambiente deste espaço. Continuando a descer, encontra o Gran Teatre del Liceu (sala de ópera de Barcelona), o  Palau Guell (palácio) e a Plaça Reial (Praça Real) que, na minha opinião devem ser deixados para outro dia. Agora é altura para respirar as ruas de Barcelona.

•             Rambla de Santa Mónica – Os artistas de rua, tais como retratistas e pintores, fazem negócio nesta última parte das Ramblas, já perto do mar. No Centre d’Art Santa Mònica pode-se ver arte “avant-garde” num antigo convento.
As Ramblas acabam no Monument a Colom, uma enorme estátua no meio da Plaça del Portal de la Pau, construída para a Exposição Universal de 1888. Quando visitar esta última parte das Ramblas tenha em atenção que é onde deverá ter mais cuidado com os carteiristas de Barcelona.

Tá com fome? Que tal experimentar uma paella? Prato tradicional espanhol!!! hummm

Marina de Barcelona

Acabou de chegar à Marina de Barcelona, uma parte da cidade muito bonita de visitar. Vire à esquerda e siga sempre junto à água. Quando esta acabar não vire imediatamente à direita mas atravesse a estrada uma e outra vez.



Barceloneta

Em vez de ir já até à Praia de Barcelona (à direita), siga em frente para Barceloneta, um bairro criado em meados do século XVIII para estivadores e barqueiros. Depois vieram os pescadores. O ponto central deste agradável bairro é a Plaça de la Barceloneta, com a sua igreja e as fontes. Se não comeu no Mercado da Boqueria, faça um piquenique no parque da Barceloneta ou então experimente um dos restaurantes onde as especialidades passam por peixe e marisco.


Praias de Barcelona

Este Guia Barcelona – o que visitar leva-o agora até à beira-mar.  As praias de Barcelona têm 5 km de água limpa com uma temperatura fantástica.  Todo o ambiente da beira-mar de Barcelona é muito agradável, sempre com pessoas a visitar o “calçadão” despreocupadamente a comer gelados, skaters ou patinadores, obras de arte e tomando banho de sol. Faça uma pausa no seu roteiro de Barcelona e fique por aqui um bocado.

Palau de la Música Catalana

Esta fantástica sala de concertos foi construída em 1908 como sede da sociedade coral Orfeó Català por Montaner, um dos mais importantes arquitetos do modernismo. Esta obra-prima da Arte Nova de Barcelona foi classificada como Património Mundial da Humanidade. E é fácil perceber porquê quando se vê por dentro e por fora.

•             Exterior – A fachada do Palau de la Música Catalana é impressionante, especialmente se a luz do dia o deixar admirar as colunas cobertas de mosaicos e os bustos de Bach, Palestrina, Beethoven e Wagner. No canto deste ícone de Barcelona, existe uma coluna que escorre de uma torre mourisca, simbolizando uma canção popular catalã. No telhado há uma cúpula muito parecida com as das mesquitas, com a bandeira catalã e os escudos de São Jorge (santo que foi o padroeiro de Barcelona).

•             Interior – Há flores decorativas por todo o lado. Logo na entrada, rosas, lírios e outras flores sobem os pilares e percorrem o tecto e as janelas em vitral. Mas a sala de concertos é uma absoluta loucura! A luz e a cor são impressionantes. Existem vitrais celestiais em redor do órgão e figuras de musas com o corpo em mosaico e cabeça em terracota. Dos lados do palco existem esculturas que representam o gosto popular musical de Barcelona. À direita estão o busto de Beethoven e as Valquírias de Richard Wagner; à esquerda, uma árvore tradicional coloca sob a sua sombra o compositor catalão Anselm Clavé.

Palau de la Música Catalana Barcelona – Informações
- As visitas guiadas de 50 minutos são a única forma de visitar o interior
- Horário – todos os dias 10-15.30h; Agosto  das 10 as 18h
- Preço Tickets por 18 €.
Compre os bilhetes para a visita guiada ou para ouvir música coral, de câmara, sinfónica ou clássica na bilheteira dos espectáculos. Para levar uma recordação de Barcelona com o tema desta casa de espetáculos, dirija-se à loja do lado esquerdo, num outro edifício.

Manzana de la Discórdia

No Passeig de Gràcia, conhecida avenida de Barcelona, vai encontrar a Manzana de la Discordia. Neste quarteirão vai encontrar três das mais famosas composições arquitetónicas modernistas de Barcelona, realizadas por arquitetos rivais que produziram obras completamente diferentes em estilo.

•             Casa Lleó Morera – O magnata de Barcelona que deu o nome à casa, que fica numa esquina, encomendou a remodelação a partir de um edifício antigo ao arquiteto Montaner, que terminaria a obra em 1905. Vai poder admirar a sua imponente fachada com bonitas esculturas em pedra, as originais janelas e a torre mas o interior desta importante obra modernista de Barcelona não está aberto ao público. Tickets por 15 €, funciona das 10 as 2 da tarde e das 4 as 7 da tarde, Terças a Domingos.

•             Casa Amatller – Construída em 1900 por Cadafalch, esta casa e as suas janelas têm a forma da letra A,  iniciais do seu dono, Antoni Amatller. A parte superior da fachada é em escada, ao estilo holandês ou flamengo, decorada com motivos cerâmicos de cores que fazem imediatamente lembrar o blaugrana de Barcelona (azul e bordeaux). Existem detalhes góticos como gárgulas, colunas torcidas e brasões de armas esculpidos.  Há também esculturas de animais e uma de São Jorge a matar um dragão, outra representação emblemática de Barcelona.

Casa Amatller Barcelona – Informações
- As visitas guiadas para visitar o interior necessitam de reserva
- Horário – Terças e domingos 17h, quartas 12h
- Preço –  15 € 

•             Casa Batlló – Foi o mestre Gaudí quem desenhou esta casa com aspecto assustador, que é a minha preferida. É a casa mais alta do quarteirão e, mais uma vez, São Jorge e a sua lenda encontram-se aqui representados. Os mosaicos azuis e verdes da fachada lembram a pele escamada de um dragão e o telhado curvo o seu dorso. As grades das varandas e os pilares das janelas parecem as caveiras e os ossos das vítimas do dragão. Impressionante vista do exterior. Eu não cheguei a entrar. O tempo não chega para visitar tudo em Barcelona…

Casa Batlló Barcelona – Informações
- Horário – todos os dias 9-20h
- Preço –  21,50 € (visitas guiadas incluem guia audio)

Nota: também bastante perto está a fabulosa Casa Milà mas, como a estas horas as filas na entrada devem ser enormes, deixe a visita para bem cedo no dia seguinte.

Casa Milà

Volte a levantar-se cedo para chegar à Casa Milà antes das grandes filas se formarem à porta. A Casa Milà é mais um dos ícones de Barcelona projetado por Gaudí e sensacional. Mais conhecida como La Pedrera (A Pedreira), mais parece um rochedo construído numa esquina do Passeig de Gràcia. A obra ficou completa em 1912, antes de Gaudí se dedicar por inteiro à Sagrada Família.


A Casa Milà é um bloco de apartamentos cheio de curvas suaves que demonstram que, no Modernismo, a estética dominava a praticabilidade. O edifício é tão original que foi o primeiro do século XX a ser declarado Património Mundial da Humanidade pela Unesco, em 1984. Lá dentro, pode visitar alguns apartamentos com decorações e mobiliário de época bastante interessantes. Gostei particularmente das cozinhas. No bonito sotão de arcos parabólicos também existem desenhos e maquetes da construção, bem como objetos que inspiraram Gaudí.

Mas o lugar mais fascinante da Casa Milà é o terraço ondulante repleto de chaminés com fragmentos de mosaicos incrustrados. A loucura de Gaudí deixou coisas fabulosas. E a vista que se tem do terraço sobre Barcelona é igualmente fascinante, podendo mesmo ajudá-lo a orientar-se para a próxima etapa deste Roteiro Barcelona – o que visitar.

Tickets: 27 €.

Ao sair da Casa Milà, vire à esquerda e suba uns 10 metros o Passeig de Grácia até encontrar a enorme loja Vinçon, que vende produtos para a casa de design contemporâneo. Esta visita até pode sair um pouco do roteiro turístico tradicional de Barcelona, o design tem tudo a ver com a capital da Catalunha. Dê um passeio lá dentro e não perca a exposição de design gráfico e industrial.

Continue a subir o Passeig de Gràcia até atravessar a Avigunda Diagonal e chegar à Plaça de Joan Carles I. Subindo os Jardins de Salvador Espriu, descanse um pouco num banco enquanto come um gelado (se for Verão). Hoje vai andar bastante a pé.

Bairro da Gràcia

Pegue a linha 3 em direção a Zona Universitària e desça em Diagonal, no alto da Passeig de Gràcia.
Saindo da estação você encontrará o discreto Palau Robert a sua direita, uma casa que pode ou não ter uma exibição interessante acontecendo – quando entrei, motivado por curiosidade jornalística e pelo o aviso de “entrada gratuita”.

Seguindo o percurso desenhado no mapa do dia 3 deste Guia Barcelona – o que visitar, entre no emblemático Bairro da Gràcia, repleto de pequenas praças e ruas estreitas. É aqui que, há já muito tempo, os boémios artistas, escritores e estudantes de Barcelona gostam de estar.

Tudo na Gràcia é pacato e castiço, desde as bandeiras nacionalistas da Catalunha penduradas nas janelas das praças até aos restaurantes de tapas e as pequenas lojas e mercearias de bairro. Visite o mercado modernista Mercat de la Llibertat, construído em 1893 após um projeto do assistente de Gaudí, Francesc Berenguer. Lá dentro, tudo é arrumadinho e os produtos têm um óptimo aspecto.

Também vai encontrar alguns edifícios interessantes com destaque para a Casa Vicens (Carrer de les Carolines 24), uma das primeiras obras de Gaudí em Barcelona, coberta de azulejos (o dono era fabricante) e rodeada por fortíssimas grades de ferro.


Basílica Sagrada Família

A estação Passeig de Gràcia marca o fim da avenida, aos pés da Plaça Catalunya. Pegue a linha 4 em direção a Trinitat Nova e desça em Guinardò.



Estamos indo para a grande obra incompleta de Gaudi, a Basílica de la Sagrada Família, mas, como fizemos no início do dia, chegaremos por trás para que você não deixe de conhecer o Hospital de Sant Pau.

O hospital funciona em uma antiga residência catalã com mais de seis séculos de história, tombada como patrimônio histórico pela UNESCO e detentora do título de centro hospitalar mais antigo do país.



O roteiro pelas jóias modernistas de Barcelona neste guia termina na Avenida Diagonal, onde já vai encontrar indicações para fazer o percurso de 500m até à Basílica da Sagrada Família, sem dúvida, a mais impressionante construção de Barcelona. Esta catedral é quase inacreditável, mesmo quando a vemos com os nossos próprios olhos.

O  arquiteto Antoni Gaudí assumiu o controlo do projeto do Temple Expiatori Sagrada Família (nome original) em 1883 e dedicou o resto da sua vida a este monumento descomunal. Ainda estava a trabalhar nela quando morreu atropelado por um elétrico, em 1926. A Sagrada Família ainda não está acabada, mais de um século depois, mas as alterações são constantes. Quando estiver concluída, a Sagrada Família de Barcelona terá 18 torres: 12 dedicadas aos apóstolos, 4 aos evangelistas, 1 a Jesus e outra a Maria.

•             Exterior – Ainda antes de entrar na Sagrada Família, comece a fotografar a fachada ao longe, desde o parque na Praça Gaudí. Aproxime-se e fique louco com os pormenores.

o             Fachada da Natividade – Dedicada aos nascimento e primeiros anos de Cristo, as suas três entradas representam a Fé, a Esperança e a Caridade. Os pormenores góticos são tantos que esta construção mais parece a entrada natural de uma gruta. Repare nos anjos sem asas com os seus trompetes em bronze. Por cima da entrada está a Árvore da Vida, um enorme cipreste de cerâmica verde coberto de pombas brancas. Já foram identificadas mais de 36 espécies diferentes de pássaros e 30 de plantas no mosaico desta fachada!

o             Fachada da Paixão – As torres deste lado seguem os desenhos originais de Gaudí mas as estátuas que  representam a Paixão e Morte de Cristo, da Última Ceia à Crucificação, foram completadas em 1990 pelo escultor moderno catalão Josep Maria Subirachs. Estas estátuas são angulosas e rígidas, contrastando com o estilo fluente e orgânico de Gaudí. O contraste gerou alguma controvérsia mas muitas pessoas consideram que o brilhante arquiteto da Catedral teria gostado que esta fosse construída por gerações diferentes trazendo diferentes estilos. Eu acho a mistura genial! Era capaz de estar um dia inteiro a tirar fotografias só das fachadas. Os ângulos são quase infindáveis.

•             Interior –  Numa das capelas está sepultado o corpo de Gaudí, junto aos pés da estátua de Maria. Na catedral em si, mesmo entre o pó, deu para ficar impressionado com as dimensões, as janelas, os vitrais e os pormenores. Não pude subir as escadas em espiral até à torre mas todos os guias de Barcelona dizem que o esforço vale a pena. Se estiver cansado, use o elevador.

Sagrada Família Barcelona – Informações

- Horário – 9-18h Outubro a Março; 9-20h Abril a Setembro
- Preço –  15 € só visitar as capelas, 19,50 € pra visitar as capelas mais as torres.


Parque Guell

Bem, vamos lá: pegue a linha 3 e desça em Vallcarca. Saindo da estação basta caminhar com a multidão de turistas que seguem as placas da região: todos estarão indo para o mesmo lugar.

A seguir à Casa Vicens vire à direita para a Avigunda del Príncep D’Asturies e, mais uma vez, siga o mapa de Barcelona dia 3 até encontrar umas escadas que dão acesso ao Parque Guell. Vai ter que andar um bocado, mas o passeio pelas ruas de Barcelona é sempre agradável. Se estiver mesmo cansado, apanhe os ônibus 24 ou 25 até à entrada principal. O metro não é uma boa opção, já que todas as estações ficam longe da entrada.



Se seguir o caminho do mapa de Barcelona dia 3, vai entrar por uma entrada secundária no topo de um monte difícil de subir mas que, em parte, até tem escadas rolantes. Depois do esforço há umas caravanas que vendem comes e bebes para o reconfortar. Depois de passar os muros, vire à esquerda seguindo o mapa que lhe dão para percorrer os caminhos labirínticos e apreciar a vista fantástica de Barcelona.

O Parque Guell é mais uma obra de Gaudí a visitar em Barcelona obrigatoriamente. Em 1900, o objectivo do proprietário, Eusebi Guell, era a construção de uma nova zona residencial fora do centro urbano mas os habitantes ricos de Barcelona não se mostraram muito interessados. Das 60 casas originalmente pensadas, apenas 2 foram construídas. O parque foi, então, um desastre economico mas é um testemunho incrível da imaginação de Gaudí.

O Parque Guell tem 15 hectares de vegetação. O percurso deste Guia Barcelona – o que visitar leva-o à zona mais importante, a da entrada principal, na parte superior. O espaço aberto forma uma espécie de praça com uma vista deslumbrante sobre Barcelona, que pode disfrutar sentado num dos muitos bancos ondulantes cobertos de pedaços de azulejos. Por baixo desta área está a Sala Hipóstila, originalmente projetada para ser o mercado da cidade-jardim. Esta é a peça central do Parque Guell.

A “sala” tem 86 colunas dóricas decoradas com 4 discos em forma de Sol feitos com bocados de azulejos caleidoscópicos que representam as 4 estações. Há ainda outras representações como a Lua nas suas diferentes fases, figuras da mitologia grega, insígnias cristãs, sânscritos, símbolos egípcios e personagens do Antigo Testamento. Toda esta zona de sombra das colunas é muito bonita.

Descendo a maravilhosa escadaria, vai encontrar um dos símbolos de Barcelona e da Alquimia, a salamandra, que aqui é uma fonte. Veja também a serpente em bronze que representa o bastão de Aesculapius, o deus grego da medicina, e o banco que parece uma boca aberta de espanto, no cimo da escadaria. Virado para esta, suba um pouco à direita para ir ver a Casa Museu Gaudí (eu não entrei porque as filas eram enormes). Por perto, um músico de rua tocava harpa.

Na saída principal do Parque Guell, junto ao espetacular portão de ferro trabalhado, há duas pequenas casas que parecem saídas dum conto de fadas. Todo o parque é muito bonito… é pena haver tantos turistas. Evite visitá-lo num feriado ou domingo à tarde.



Passear pela casa onde Gaudi viveu durante uma curta temporada requer ingresso (o parque não), Ticket 5,50 €.

Parque Guell Barcelona – Informações
- Horário – 10-19h (varia um pouco em certas alturas do ano)
- Preço - gratuito


Bairro Gótico

Saindo do Mercado da Boqueria, atravesse as Ramblas para entrar no Bairro Gótico (Barri Gotic).

O Bairro Gótico é um emaranhado de ruas medievais escuras que se encontram em praças cheias de sol. Aos palácios e igrejas espetaculares de antigamente juntaram-se as lojas especializadas. Tudo merece uma visita lenta e descontraída. .

Igreja Santa Maria del Pi

A Igreja Santa Maria del Pi é uma obra-prima do gótico construída nos séculos XIV-XV. À sua volta existem 3 praças, algumas com esplanadas onde se pode sentar e admirar os pormenores da fachada. Lá dentro, a igreja tem pouca decoração mas a sua arquitetura iluminada pela luz do sol que entra nos vitrais é muito bonita.

Plaça del Rei

A Plaça del Rei fica junto à Catedral de Barcelona, rodeada pelo Palau Reial, o antigo Palácio Real. Em tempos teve um mercado e, mais tarde, serralharias. Hoje em dia é um bonito espaço sossegado. Os destaques vão para o Mirador del Rei Marti, a torre da Capella de Santa Agata (a capela real) e o Palau del Loctinent (antiga residência oficial do vice-rei da Catalunha).

Plaça de San Jaume

A Plaça de San Jaume é o centro político e histórico de Barcelona. É aqui que se encontram, em lados opostos da praça, a Casa de la Ciutat ou Ajuntament (Câmara Municipal de Barcelona) e o Palau de la Generalitat (Sede do Governo da Catalunha). Qualquer um dos edifícios tem fachadas neo-clássicas do século XIX mas ambos são bastante mais antigos (século XIV). Reparem na imponência dos dois edifícios e nos pormenores dos belissímos candeeiros da praça.



Depois de observar o movimento de pessoas na praça e de visitar algumas das excelentes lojas ali perto, siga pela rua à direita do Palau de la Generalitat (Carrer del Bisbe), em direção à Catedral de Barcelona. Nesta rua existe uma magnífica ponte que liga a Generalitat à Casa dels Canonges (cónegos da catedral), hoje residência oficial do primeiro-ministro da Catalunha. A ponte parece gótica mas, na realidade, foi inspirada na Ponte dos Suspiros de Veneza e construída em 1928.

Catedral de Barcelona

Mesmo no coração do Bairro Gótico, a Catedral de Barcelona é um monumento grandioso que representa bem a arquitectura gótica catalã. No entanto, a Catedral foi construída entre os séculos XIII e XV e a sua fachada gótica é apenas dos finais do século XIX. O seu nome oficial é Catedral de la Santa Creu i Santa Eulália (Catedral da Santa Cruz e Santa Eulália) mas as pessoas de Barcelona chamam-lhe, simplesmente, La Seu (Sé). Entrada Gratuíta.

•             Exterior – Vai precisar de dar uma volta completa à Catedral de Barcelona para apreciar todos os pormenores das gárgulas e dos pináculos. A praça de frente para a fachada (Plaça de la Seu) também é muito bonita. À noite a fachada fica ainda mais impressionante com as luzes que fazem sobressair os seus traços arquitetónicos e recantos.

•             Interior – Por dentro, tudo é magnificamente iluminado pela luz do sol que entra pelos vitrais. À direita da entrada está a pia batismal onde foram batizados os seis índios trazidos do Novo Mundo por Cristóvão Colombo em 1493. Espreite o coro fechado bem à frente da catedral, para ver as cadeiras esculpidas do século XIV com os brasões reais pintados nas costas. Ainda no coro, repare no púlpito em madeira trabalhada e no painel de mármore branco da Renascença Italiana. A cripta é igualmente maravilhosa. Diz-se que no sarcófago de alabastro está sepultada a Santa Eulália, padroeira de Barcelona.

•             Claustros – Nos claustros da Catedral de Barcelona as colunas e paredes são muito bonitas, especialmente iluminados pelo sol, que também ilumina as laranjeiras, nespereiras, magnólias e palmeiras. Perto da fonte há uns quantos gansos, cujas penas brancas simbolizam a virgindade da Santa Eulália ou o passado romano de Barcelona (os gansos guardaram, em tempos, o Capitólio).

Não deixe de visitar a Capela de Santa Llùcia (século XIII), que é igualmente bela.

•             Telhado – Suba ao telhado (há elevador) para poder ver melhor as torres dos sinos e todo o Bairro Gótico de Barcelona.
Catedral de Barcelona – Informações
- Horário – Segunda-Sexta 8-13.30h, 16-19.30h; Sábado-Domingo 8-13.30h, 17-19.30h
- Preço – 7 €


•             Museu del Calçat (Plaça de Sant Felip Neri 5) - como o próprio nome indica, é o museu do calçado de Barcelona (não o visitei).


Palau Guell

O Palau Guell fica já fora do Bairro Gótico mas eu incluí-o neste roteiro porque fica bastante próximo, nas Ramblas. Quando lá tentei ir estava em obras mas, ao que parece, é uma casa fabulosa, mais uma criação de Gaudí (1890) considerada Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. A restauração termina em Abril de 2011.

O Palau Guell foi construído neste local para que a recente esposa de Eusebi Guell pudesse viver perto da casa dos pais dela. A sociedade de Barcelona da altura ficou extremamente surpreendida que Guell não construísse a casa no Eixample, o novo elegante bairro residencial da altura, mas sim nesta zona pouco recomendável de Barcelona. Foi devido à vizinhança que Gaudí desenhou uma casa austera no exterior, com portões de ferro forjado na entrada, janelas góticas típicas de fortalezas e dragões ameaçadores. De fora, ainda consegui ver as bonitas chaminés no telhado, a maior delas com um curioso catavento com a forma de morcego.

Plaça del Marques de la Foronda é uma das praças mais lindas do país. Inaugurada durante a Feira Mundial de 1929, essa praça espanhola foi encomendada com o único intuito de embasbacar turistas – o que ela vem fazendo muito bem desde então.

Atenção: vale lembrar que Plaça Espanya é a rotatória com o monumento e Plaça del Marques de la Foronda é a que aparece ao final da Avinguda de la Reina Maria Cristina.

Bem, vamos lá: começamos nosso dia descendo na estação Espanya, onde passam as linhas um e três.
O prédio redondo que se destaca e ocupa todo o quarteirão é a antiga arena de touros que foi transformada no melhor complexo de compras da cidade, o Arenas de Barcelona, inaugurado em março de 2011.

Essa linda avenida oposta a ele, Reina Maria Cristina, desemboca na Font Magica de Montjuïc, onde existe um disputado show de luzes nos fins de semana. O prédio que compõe o cenário de fundo é o Museu Nacional d’Art de Catalunya, também criado em detrimento da Feira Mundial de 1929.

Palau Nacional se tornou museu em 1934 e é especialmente famoso pela coleção de afrescos do século 12.


Ainda tem pique pra conhecer outra praia?

Pegue a linha 4 - Sentido La Pau, após a estação Barceloneta as demais ficam próximo a praia, tem várias estações. Escolhi a estação e praia de Serra do Mar, andei 10 minutos em uma linha reta até a praia... e lá fiquei em um kiosque que achei tomando minha cerveja e olhando para o mar a manhã inteira.




Nenhum comentário:

Postar um comentário